O déjà vu é uma sensação muito comum que causa a impressão de já termos vivido certa experiência, por mais que seja a nossa primeira vez; de já termos visto certa pessoa, mesmo que a estejamos conhecendo agora. Esse fenômeno já deu gás a teorias da conspiração e explicações místicas, no entanto, ele pode ser explicado ao analisarmos o que ocorre no cérebro durante ele.

Esse fenômeno é considerado normal se ocorrer apenas ocasionalmente, mas caso aconteça com frequência, pode ser um sinal de alguma condição mais grave, como a epilepsia do lobo temporal, como explico no artigo “O que é o déjà vu?“, publicado pela revista científica Brazilian Journal of Development.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2003, o déjà vu está relacionado a sintomas como cansaço, ansiedade, stress, grande imaginação e elevado grau de instrução e pode ser explicado por 4 situações.

• Duplo processamento: uma falta de sincronia na mente, embora o indivíduo acredite que já viveu certo acontecimento, ele sabe que isso nunca aconteceu;
• Fenômenos neurológicos: pode decorrer de convulsões epilépticas, desmaios, lesões no lobo temporal, esquizofrenia, entre outras;
• Memória: lembranças similares a novas situações podem ser relacionadas pelo cérebro, dando a impressão que são iguais. Além disso, memórias obtidas por filmes e livros também podem ser confundidas com acontecimentos reais;
• Atenção: distrações e falta de atenção total à determinada situação podem dificultar a geração de memórias claras e, quando forem vivenciadas novamente, serem reconhecidas como uma situação familiar, enquanto o cérebro não consegue lembrá-las totalmente devido à distração no momento em que elas ocorreram.

Apesar de a ciência ainda não conseguir detalhar totalmente os efeitos causadores dessa sensação, pesquisas apontam que o fenômeno pode ter raízes multifatoriais que, a depender da sua frequência, podem indicar problemas cerebrais graves.

Fonte: MegaCurioso.

Quem ama uma boa praia não tem dúvida dos benefícios que um dia de sol próximo ao mar proporcionam para o corpo e mente, principalmente durante um período de folga mais prolongado. Mas a ciência foi investigar os motivos que poderiam estar por trás dessa sensação de bem-estar, tão presente entre os moradores do litoral e visitantes, chegando a algumas respostas interessantes.

Um primeiro dado relevante que corrobora essa teoria diz respeito a uma pesquisa realizada pela Kobe University, localizada no Japão, onde as pessoas que moram próximo ao mar relataram estar mais calmas que aquelas que não habitam a região. A explicação para isso, inclusive, poderia estar relacionada com o fato da praia ser encarada como um poderoso estímulo para a realização de atividades ao ar livre, fazendo com que pessoas caminhem e desfrutem mais da natureza.

(Fonte: Shutterstock)

Além disso, o mar tem o potencial de mudar a frequência das ondas cerebrais, de forma semelhante a quando caminhamos, estimulando a reflexão. O som das ondas também deixa as pessoas mais relaxadas. Você já parou para se perguntar por que os sons do mar são usados como terapia sonora? Semelhante ao ruído branco, eles apresentam uma frequência próxima à da onda delta, promovendo maior conforto e relaxamento. E, sim, também há investigações que visam estimar seus benefícios.

Uma delas, realizada em 2019 por estudiosos da Faculdade de Medicina da Universidade da Coreia, com pacientes que apresentavam zumbido crônico, constatou a melhora dos sintomas, além de obter relatos acerca da melhoria na qualidade do sono após a exposição aos sons do mar em um mês. Neste grupo de 18 participantes, com a conclusão das 90 horas do programa de experimento, foi possível perceber que o nível de serotonina aumentou significativamente durante o período.

(Fonte: Shutterstock)

Tudo isso sem falar que a exposição moderada ao sol (que deve sempre ser realizada com o uso do protetor solar) permite a absorção de Proteína D e a produção de serotonina, sendo importantes para promover a sensação de bem-estar nas pessoas que vão apreciar a praia. E quando falamos da psicologia das cores, o azul tem um papel bastante especial nisso.

Conhecido por ser uma cor relaxante, acredita-se que ele também exerça tal efeito para quem contempla o mar. Ou seja, o contato com a natureza promovido pela ida à praia é capaz de promover tantos benefícios que simplesmente não pode ser ignorado, já que atua na promoção de um estilo de vida mais saudável e ativo, estimula a reflexão e mesmo o estado de relaxamento que pode ser tão difícil de se alcançar em meio a uma rotina mais atribulada.

Fonte: MegaCurioso.