A expressão ” Feito nas Coxas” é muito utilizada, porém a maioria das pessoas não sabe de onde vem. No entanto, é mais antiga do que se imagina.
A descrição mais usada para sua origem vem da época da escravatura no Brasil.
Para melhor ilustrar a expressão “feito nas coxas”, temos que conhecer um pouco como funcionava a produção de telhas no passado.
Apesar de a maioria das olarias ainda produzirem materiais cerâmicos de maneira artesanal, a tecnologia está evoluindo neste segmento. Cada processo produtivo é bastante parecido com aquele lá na antiguidade.
Envolvem, entretanto, de uma forma simples, as etapas de extração, moldagem, secagem e queima das telhas e tijolos.
Tudo se inicia com a extração da argila, que passa pelo triturador e o misturador, com o acréscimo de água, que irá deixar a massa de argila homogênea.
De tal forma que, a quantidade de água deve ser bem dosada,visto que a falta dela impede a moldagem. Assim como, o excesso dificulta a secagem, pois causa fissuras nos tijolos ao passar pelo forno.
O passo a seguir passa para a fase de extrusão em um equipamento conhecido como maromba. Esse compacta e exclui o ar presente na massa de argila, fazendo com que adquira a textura correta para a moldagem.
Depois, divide-se a massa em porções, que ganham a forma de tijolos ou telhas e assim, passam para a fase de secagem.
Mas afinal, o que esse processo tem a ver com a escravidão?
Posto que, os escravos que não tinham condições de efetuar trabalhos pesados, eram destinados para fabricação de telhas, moldando a argila em suas coxas.
Por analogia, cada um tinha um formato e tamanho diferentes de coxa. Desse modo, a produção era totalmente desigual e ao montar o telhado ficava torto, com uma aparência de mal feito, ou seja, “feita nas coxas”.
Fonte: FatoseCuriosidades.