Ao longo da carreira, Elvis Presley foi responsável por protagonizar performances enérgicas em palcos por todo os Estados Unidos, incluindo a lendária apresentação no Havaí, transmitida via satélite para 40 países, totalizando 1,5 bilhão de telespectadores pelo mundo. Porém, em seus momentos finais, os pulos e gritos nos palcos ficaram restritos aos movimentos calmos e cantar sereno.
Com a saúde debilitada em seus últimos anos de vida, chegou a sofrer de problemas no intestino e fígado em decorrência do intenso consumo de remédios controlados.
Além disso, o cantor lidava com um glaucoma, sonambulismo e pressão alta. Mesmo assim mantinha a agenda de shows lotada.
Cumpria rigorosamente as apresentações com a mesma estrutura que tinha no auge de sua saúde; tubos de luz, banda completa e uma roupa justa com detalhes dourados, enaltecendo sua presença de palco.
Dessa maneira, em 26 de junho de 1977, estava em Indianapolis, em frente a 18 mil pessoas que o acompanhavam na Market Square Arena.
Apresentação final
Seis semanas antes de morrer, o músico já chamava atenção pelo excesso de peso e ausência de novas canções, visto que não entrava em estúdio desde o ano anterior. Na mesma época, três ex-guarda-costas do astro lançavam um livro chamado ‘Elvis: What Happened?’, dando enfase ao uso descontrolado de medicamentos, atraindo a atenção da mídia.
Mesmo assim, o astro ignorou as críticas e entrou no palco com um show previsto para durar uma hora e meia, como informa a revista Far Out. Com a abertura de um comediante, os 80 minutos seguintes mostraram Elvis bem mais disposto do que o livro propagava; cantou clássicos do início do carreira, fez um cover de Simon & Garfunkel e ainda brincou com o público.
Sua última canção ao vivo foi ‘Can’t Help Falling in Love’, cantada fervorosamente pelos músicos de apoio junto com as pessoas do ginásio. Por fim, ainda deixou um aviso — que nunca pôde cumprir: “Nos encontraremos de novo, Deus os abençoe, adios”. Duas câmeras conseguiram capturar a apresentação por pouco mais de 36 minutos, reunidos em uma única edição.
Última música
Apesar de ‘Can’t Help Falling in Love’ ser a última música do astro em cima de um palco, não foi a última vez que sua quimérica voz foi escutada; de acordo com o jornal britânico Express, a última namorada do cantor, Ginger Alden, presenciou Elvis cantando duas músicas no piano, horas antes de falecer.
Eram dois covers; ‘Unchained Melody’, mundialmente famosa em 1965 pelo conjunto Righteous Brothers e, por fim, ‘Blue Eyes Crying In The Rain’, popularizada na voz de Willie Nelson e lançada dois anos antes de 16 de agosto de 1977, quando Elvis a cantou pela última vez.
Momentos depois, seria encontrado morto no banheiro de sua residência após sofrer uma parada cardiaca, aos 42 anos de idade. A autópsia apontou que, no momento do óbito, o cantor tinha 14 substâncias químicas em seu metabolismo.
Fonte: AventurasnaHistória.