Quando a manifestações eclodem, rapidamente o termo “vândalos” é dito por repórteres e autoridades. A expressão relacionada à aqueles que destroem objetos e prédios ou causam confusão, parece em ascensão nos dias de hoje, mas suas raízes, são muito antigas. Aliás, já existiu uma tribo só deles. Mas calma, na época o sentido era outro.
Os vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V, entrando na Gália, atravessando a Ibéria e conquistando o norte da África, onde criaram um Estado, estabelecendo a sua capital em Cartago, cidade às margens do Mediterrâneo, estratégica, onde centralizaram seu Estado.
Ok! Mas como o nome de uma tribo virou sinônimo de arruaça? Bom, para o professor Manoel Affonso, em entrevista ao G1, “os vândalos também receberam uma carga de força histórica proveniente de conjunto de lendas e mitos que agregaram a sua saga. Assim, parte da importância dos vândalos é real. Outra é fantasiada”, comentou o professor.
Logo após se estabelecerem em Cartago, os vândalos saquearam Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre. A fama começa aí.
Como os vândalos de hoje, os vândalos do passado também não se deram bem. O imperador bizantino Justiniano I declarou guerra aos vândalos. Em 15 de dezembro de 533, os bizantinos enfrentaram os vândalos a cerca de 32 quilômetros ao sul de Cartago. Um ano depois de muita guerra, o rei vândalo Gelimero se rendeu ao conquistador romano, pondo fim ao reino dos vândalos.
Por OPIoneiro, com informações do G1.