Se você, caro leitor, quiser um resumo: Os Príncipes Eleitores foram os membros do colégio eleitoral do Sacro Império Romano-Germânico, que tinham a função de eleger o Imperador.
Agora, se tu quiseres uma definição mais detalhada, “senta que lá vem matéria”.
O Sacro Império Romano-Germânico foi um complexo de territórios multi-étnico que existiu desde 962 até 1806 e abrangia o território que hoje é a Alemanha, bem como partes do território que hoje formam a Itália, Países Baixos, Áustria e França.
Embora prevalecesse o regime monárquico, na figura de um Imperador, já desde o surgimento do Império, o soberano era eleito e não coroado por hereditariedade. Os príncipes eleitores eram os que podiam votar nesta distinta eleição.
A dignidade de um príncipe eleitor trazia um grande prestígio e ficava atrás apenas da do imperador. Este colégio eleitoral, que variou de entre 6 e 10 membros, eram escolhidos entre os mais importantes donos das terras do império. Estes cargos sim, em alguns casos, eram hereditários.
A Bula Dourada de 1356 estipulou também que o cargo de príncipe-eleitor deveria ser detido pelas seguintes autoridades: O Conde Palatino do Reno, o Rei da Boêmia, o eleitor da Saxônia, o eleitor de Brandemburgo, além do arcebispo de Mainz, o arcebispo de Colónia e o arcebispo de Tréveris.
Além da obrigação eleitoral, os príncipes eram quase-independentes dentro dos seus territórios. Cada um deles, recebia ainda um ministério especial, que lhes conferia determinadas obrigações.
Ainda, os príncipes ajudavam a formar o Reichstag, primeiro conceito de parlamento na região. O Reichstag do Sacro Império era formado pelo colégio de príncipes eleitores, o conselho de príncipes clérigos e nobres e o Conselho das Cidades Imperiais. Cada grupo tinha direito a um voto coletivo nas decisões do império.
O Reichstag hoje, inclusive, é o nome dado ao prédio que sedia o parlamento alemão.
Por OPioneiro.