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CURIOSIDADE DO DIA – Santo Amaro: A cidade conhecida como ‘Chernobyl brasileira’

A cidade de Santo Amaro, na Bahia, desenvolveu uma história triste em seu passado recente. Nas últimas 3 décadas, o município foi explorado mineralmente pela Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac), que despejou na atmosfera, nas águas e no solo da região aproximadamente 500 mil toneladas de escória contendo chumbo e cádmio.

Como resultado, a população foi intoxicada. Principalmente nas áreas mais periféricas da cidade, é difícil encontrar alguma pessoa que não tenha perdido amigos ou familiares vítimas de envenenamento por chumbo ou que não tenha ficado doente. Por esse motivo, Santo Amaro acabou recebendo o triste apelido de “Chernobyl brasileira“. Entenda o caso.

Exploração de Santo Amaro

Famílias que dependiam da pesca como uma das principais fontes de alimento passaram a ingerir peixes contaminados com metais pesados rejeitados pela mineração industrial sem ao menos perceber ou terem sido avisadas. Após 3 décadas de exposição, era claro que o estrago seria imenso.

Danos causados pelo chumbo

(Fonte: Wikimedia Commons)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o chumbo um dos metais mais perigosos para a saúde humana. Por esse motivo, uma série de estudos foi conduzida em Santo Amaro entre 1980 e 1990. O Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi um dos primeiros a explorar a região.

Segundo os dados obtidos, grande parte da população foi exposta à escória e segue sendo contaminada até hoje. O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que os detritos eram depositados a céu aberto e foram utilizados pela própria Prefeitura de Santo Amaro na pavimentação de ruas, jardins e pátios de escolas. Além disso, a população desavisada incluiu o material no reboco das casas.

Para piorar a situação, as ações eram incentivadas por funcionários da Cobrac, que doavam a escória contaminada para ser reutilizada. Em 2010, o governo do Estado da Bahia divulgou um documento afirmando que 2.570 famílias foram expostas ao chumbo na época e listou algumas medidas de prevenção para amenizar a situação. Porém, um estudo de 2019 indicou que várias ações protocolares continuavam sendo violadas.

Fonte: MegaCurioso.

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