Em Mato Grosso, até agosto de 2020, 310 mil pessoas fizeram teste para diagnosticar a Covid-19. Com a lotação de hospitais públicos e privados, além da realização de exames em laboratórios particulares sem terem os custos cobertos por convênio médico, 145 mil mato-grossenses deixaram de pagar plano de saúde desde o início da pandemia.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19), 81 mil testes foram realizados, sendo 13 mil novos casos positivos apenas no mês de agosto. No início da pesquisa (maio), 789 mil (22,8%) mato-grossenses eram usuários de plano de saúde. Sendo, junho, o mês que registrou a maior queda no número de beneficiários de convênio médico, com diminuição de aproximadamente 90 mil usuários. No final de agosto, apenas 644 mil (18,6%) mato-grossenses continuaram com plano de saúde. Portanto, cerca de 145 mil pessoas deixaram de possuir plano de saúde nesse período.
Testes realizados em Mato Grosso
O aumento da disponibilidade de testes, levou a população a fazer o exame para se certificar. Muitas delas, até mesmo sem apresentarem sintomas, realizaram por garantia, devido estarem em contato com alguém que testou positivo para a doença. Com isso, mais pessoas estão fazendo o teste do que, de fato, recebendo o diagnóstico da doença. Mas, isso não significa que muitas pessoas que não apresentam sintomas e não realizam o teste, não estejam portando o vírus. Dessa forma, é importante manter os cuidados necessários, tais como, uso de máscara, lavar bem as mãos ou usar álcool em gel.
Conforme os dados obtidos pelo PNAD Covid-19, entre os tipos de testes para diagnóstico da doença, o mais realizado foi o exame com sangue retirado da veia (137 mil, sendo 40 mil positivos), seguido pelo exame com material coletado na boca ou nariz (Swab – 120 mil, sendo 33 mil positivos) e pelo teste rápido, com sangue coletado por um furo no dedo (108 mil, sendo 19 mil positivos).
Comportamento da população diante da pandemia no mês de agosto
A mesma pesquisa, aponta também, que 52 mil mato-grossenses não adotaram qualquer medida de restrição. Já, 1.495 milhões (43%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa, 1.118 milhões (32,2%) ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas, e 796 mil (22,9%) ficaram rigorosamente isolados.
Número de trabalhadores formais afastados devido à pandemia diminui
Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que das 149 mil pessoas afastadas do trabalho em maio por conta da pandemia, apenas 62 mil continuam afastadas no mês de agosto. Já, a quantidade de trabalhadores em home office aumentou 14 mil entre maio e agosto, totalizando 74 mil.
Por Vitória Kehl Araujo do OPioneiro, com informações SID/UE/MT.