quinta-feira, 26 junho, 2025
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Caminhão atropela e mata oito vacas em rodovia de Confresa

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CONFRESA – Um acidente de trânsito matou oito vascas na MT-437 no município de Confresa-MT. O atropelamento ocorreu por volta das 18h00 desta terça-feira (21/04), a 59 km do município.

O condutor do caminhão relatou que os animais estavam atravessando a pista e que ao acionar os freios, o veículo apresentou problemas mecânicos.

O caminhão atingiu oito animais, que morreram no local. O motorista não sofreu ferimentos graves. O proprietário do gado foi até o local e se responsabilizou pelo prejuízo causado.

Alguns populares pararam no local e descarnaram os animais. O dono das vacas autorizou que a carne fosse levada por quem passasse pelo local.

Agência da Notícia; Foto – Arquivo JOP.

Caminhonete de casal de pecuarista que está desaparecido é encontrada incendiada em São Félix do Araguaia

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SÃO FELIX DO ARAGUAIA – A Caminhonete Chevrolet S-10 do casal de pecuarista Sandro Cedenir Barros e Daniella Moura, que estão desaparecidos, foi localizada queimada em uma propriedade rural do vilarejo de Pontinópolis, município de São Félix do Araguaia-MT.

O veículo foi localizado pelo proprietário de uma fazenda. A S-10 estava completamente destruída pelo fogo. No local não foi localizado mais nada que possa levar ao paradeiro do casal ou de possíveis criminosos.

O casal está desaparecido desde o último dia 8 de abril. Os familiares informaram que o último contato com Sandro foi feito 10 dias antes do desaparecimento. Uma vizinha foi quem notou o sumiço do casal e acionou a Polícia Judiciária Civil de Alto Boa Vista-MT.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve na fazenda e com um cão farejador realizou buscas, mas ninguém foi encontrado.

As investigações são comandadas pela Delegacia de São Félix do Araguaia. Até o momento, funcionários, familiares e amigos foram ouvidos.

O caso segue sendo um mistério e com muitas perguntas e poucas repostas. Qualquer informação sobre o caso deve ser repassado a polícia pelos telefones 197 ou 190.

Por Agência da Notícia.

Dívida por causa de galinha termina com apreensão de arma e munições em Barra do Garças

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BARRA DO GARÇAS – A Força Tática da Polícia Militar do 5º Comando Regional fizeram na noite de terça-feira (21/4), a apreensão de uma espingarda artesanal (calibre não identificado) e várias munições intactas, além de conduzir um homem por posse ilegal de arma de fogo e ameaça.

A ação ocorreu em Barra do Garças (509 km de Cuiabá), por volta das 18h30, quando os PMs foram acionados pela vítima, um jovem de 28 anos, o qual relatou aos militares que foi ameaçado enquanto teria ido até a residência do suspeito para informá-lo que, pagaria uma dívida referente a compra de uma galinha somente na quarta-feira (22/04).

Ainda segundo o rapaz, o suspeito usando uma espingarda teria apontado a arma na direção do seu peito e dito que, “se ele não pagasse a dívida o mataria”.

Em posse das características do envolvido, a guarnição da PM se dirigiu até o bairro Jardim Paraíso, onde localizaram o suspeito e com ele a referida espingarda, além de 10 munições nos calibres 38 e 22.

Todo o material foi apreendido e os envolvidos foram encaminhados para delegacia de polícia, onde prestarão depoimento.

Por Araguaia Notícia.

Igrejas aguardam novo decreto para realização de celebrações em Canarana

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CANARANA – Em reunião na noite de terça-feira (21/04), cerca de 30 pastores debateram sobre a reabertura das igrejas em Canarana-MT. No dia 13, o prefeito municipal Fábio Faria, após reunião com representantes de entidades, flexibilizou a abertura de todo o comércio e das igrejas. No dia 15, contudo, revogou a permissão para as igrejas, sendo o único setor impedido de abrir em Canarana. A informação é que esse seria um pedido do Ministério Público.

Conforme o pastor Edinaldo Francisco, da Igreja A Palavra de Cristo no Brasil, após os decretos, pastores se reuniram com representante do Ministério Público, quando foi aceito pelo MP que fossem realizados cultos com até 10 pessoas. Essa informação foi levada para a reunião entre os pastores realizada no dia 21, quando eles concordaram com a regra.

Pastor Edinaldo, após a reunião, disse que está aguardando um novo decreto pelo Executivo Municipal. “Hoje ainda a Prefeitura deve emitir o novo decreto e a partir de amanhã as igrejas já devem abrir. Mas isso valerá até o dia 30 de abril, quando o Governo do Estado vai emitir um novo decreto e veremos quais serão as novas regras”, disse o pastor.

Mato Grosso

De acordo com o deputado estadual Sebastião Rezende (PSC), é possível a realização de reuniões, cultos ou missas nesse período, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), como maior higienização do ambiente, observação de uma distância mínima entre as pessoas, limitação do número de frequentadores, sem cumprimentos com apertos de mão ou abraços, uso de máscaras e álcool em gel pelos frequentadores, entre outras. O deputado levou essas considerações até o governador Mauro Mendes em reunião nos últimos dias.

Goiás

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM), permitiu em decreto no dia 20 de abril, as celebrações religiosas, disponibilizando produtos para higienização de mãos e calçados, respeitar 2 metros de distância entre os fiéis, proibir o acesso a grupos de risco e permitir até 30% da capacidade do local. Porém, poderão realizar cultos apenas em um dia da semana.

Por JOPioneiro.

Pandemia cria onda de solidariedade em Canarana

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CANARANA – A pandemia do Covid-19 (Coronavírus) tem provocado desemprego e crise na economia. Mas também tem incentivado a solidariedade. Em Canarana-MT, o poder público e a iniciativa privada tem se unido para arrecadar alimentos e entregar para quem muito precisa nesse momento.

Sindicato Rural, Acecan, empresas, igrejas, escolas, grupos, clubes, artistas, cidadãos, poder público e muitas outras entidades, tem provocado a sociedade para contribuir com alimentos. No feriado de terça-feira (21/04), era possível ver nas ruas dos bairros pessoas fazendo a entrega das arrecadações.

Nossa reportagem recebeu algumas fotos. Uma delas é de cestas básicas doadas pela comunidade e entregues pela Apae Pequeno Príncipe para familiares de alunos da escola. A outra é do montante arrecadado pela igreja El Shaddai, que fez a entrega de 40 cestas básicas para famílias carentes da cidade.

E a solidariedade continua.

Por JOPioneiro.

Casa do Artesão de Canarana vai reabrir nesta quarta-feira (22/04)

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CANARANA – A Casa do Artesão de Canarana-MT, após quase um mês fechada em atendimento às medidas de contingenciamento na prevenção ao COVID-19, irá voltar com o atendimento ao público nesta quarta-feira (22/04).

A instituição é regida pelo Centro Cultural e Artístico e está em novo endereço, na rua Miraguai, no Centro da cidade, próximo a Praça do Avião (Praça Sigfreud Roewer), no local onde antes era a Biblioteca Municipal. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 13:30h às 18:30h.

Após um ano de atividades interrompidas, a Casa do Artesão retornou em março com a exposição e comercialização de obras de mais de 20 artesãos do município. Interrompeu as atividades conforme orientação das autoridades públicas para prevenção ao Coronavírus.

As peças estarão com venda permanente e vão desde artesanatos de crochê, até peças que podem servir como lembrança do município, como camisetas, panos de prato e pequenos ornamentos. 

Por JOPioneiro.

Após pegadas de urso e rio derretido, mochileiro de Cuiabá é resgatado em cenário de ‘Into the Wild’ no Alasca

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CUIABÁ – O mochileiro de Cuiabá Gabriel Dias precisou ser resgatado no Alasca, depois que decidiu passar a quarentena no ônibus onde viveu e morreu Christopher McCandless, autor do livro ‘Into the Wild’, que também virou filme. Na história, o personagem principal morreu de fome e só foi encontrado duas semanas depois, em agosto de 1992. Gabriel, que foi até o Alasca de carona, conseguiu se salvar enquanto havia tempo.

Gabriel é paulista, mas viveu em Cuiabá desde os três anos de idade, e chegou a trabalhar em diversos setores antes de sair em viagem, há dois anos. Desde então, já percorreu 22 países, de carona, até que realizou o sonho de chegar ao Alasca, no último dia 8 de fevereiro. Em um vídeo publicado em seu Instagram, ele explica o que aconteceu nos últimos dias.

“Depois que começou a onda de coronavírus eu tive a ideia de caminhar nas montanhas. A regra é isolamento social, fique em casa, e eu pensei: vou acampar na beira de uma montanha, em qualquer lugar”, contou. Gabriel comprou comida e um equipamento de comunicação via satélite, e caminhou por cerca de sete dias na neve, até que decidiu ir até o ônibus da história de Christopher.

Para chegar ao local, ele ainda teve que caminhar mais 40 quilômetros e cruzar alguns rios, que estavam congelados. Depois de cerca de duas semanas, no entanto, percebeu que não teria comida suficiente para passar os três meses planejados. Além disso, começou a ver muitas pegadas de urso próximas ao ônibus.

“Nesse meio tempo eu comecei a ler o livro [Into the Wild]. E eu li sobre a tentativa que ele fez de voltar para a sociedade, e que se deparou com o rio derretido.
Pensei: é melhor eu voltar logo, porque se esse rio derreter, eu vou ficar preso aqui, e eu decidi voltar por isso”.

Gabriel, então, andou por 25 quilômetros, até se deparar com o rio já derretido. “Na ida, tinha uma ponte de gelo. Na volta, tinha derretido o rio”, lamenta. “A correnteza não estava tão furiosa, o problema não era a água, mas do outro lado do rio tinha uma parede de 1,5m de gelo que eu teria que escalar”. Caso se arriscasse a escalar, Gabriel poderia cair e se machucar. Foi aí que decidiu pedir ajuda.

“Eu apertei o SOS do meu dispositivo que é de socorro e comunicação via satélite e o helicóptero veio me buscar. Eu mandei mensagem e disse que eu tinha comida suficiente para esperar, que o único problema é que eu não conseguia atravessar o rio. A minha intenção não era voltar nesse momento, era voltar daqui uns 3 meses, quando o tempo já estaria mais estável e eu poderia voltar com segurança”, declara.

Para ler a reportagem completa clique aqui.

Por Isabela Mercuri/Olhar Direto; Foto – Reprodução.

Brasil já tem 22.130 pessoas curadas do COVID-19

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BRASÍLIA – O Ministério da Saúde divulgou no domingo (19), quantas pessoas foram curadas do COVID-19 no Brasil. Segundo o balanço, atualmente 38.654 pessoas tinham sido infectadas no país pelo Coronavírus, mas deste número 22.130 pessoas foram curadas da doença até o momento. Ainda no balanço, o Ministério da Saúde divulgou que 14.062 pacientes estavam internadas e 2.462 morreram no Brasil por causa da doença até aquela data.

Fonte – conexaopolitica.com.br.

Pandemia cria prejuízos milionários no turismo de pesca em Canarana

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CANARANA – O turismo é um dos setores mais afetados com a Pandemia do COVID-19 (Coronavírus). Canarana-MT recebe todo o ano milhares de turistas do Brasil e até de outros países e as restrições impostas pelas medidas de contenção, tem provocado remarcações de datas, gerando perdas de empregos e milhões de reais em prejuízos para as pousadas e o comércio local.

Conforme um proprietário de uma das sete pousadas de pesca instaladas no interior do Município, o turismo da pesca gera diretamente em torno de 150 empregos e movimenta em torno de 10 milhões de reais por ano no comércio local, somando salários, gastos em postos de combustíveis, supermercados, restaurantes, hotéis, lojas de caça e pesca. “Neste ano não recebi nenhum grupo de turistas e mais de 30% dos pacotes de 2020 já foram cancelados ou remarcados”, disse o proprietário, que não quis ter seu nome identificado.

A reportagem do J. O Pioneiro conversou com o representante comercial Roberto Luiz Pedro, de Belo Horizonte-MG. Ele já veio duas vezes pescar em Canarana e é um dos organizadores de um grupo de 20 pessoas que estava com pacote comprado para vir ao Município no mês de junho. Devido a toda essa situação, eles devem transferir a viagem para o ano de 2021.

Conforme Roberto, cada turista gasta em média 7 mil reais, entre transporte, pousada, alimentação e demais compras. “A gente chega geralmente no sábado em Canarana e fica até o domingo. Fica no hotel, vai no restaurante, na pizzaria, no mercado, no açougue, compra roupa, compra traia de pesca. Tem turista que só vai com a roupa do corpo e compra tudo aí. Tem outros que levam bastante coisa e compra menos”, disse. A pescaria vai geralmente de segunda a sexta-feira, quando os grupos retornam para a cidade de Canarana antes de pegarem o transporte com destino às suas cidades de origem. 

A reportagem perguntou para Roberto quais são os motivos que o faz escolher vir para Canarana para pescar. “A gente separa um dia da semana para ir até o Xingu conhecer as aldeias. Além disso, as pousadas são muito boas, os rios tem bastante peixe, todas as vezes conseguimos ver bastante animais selvagens até mesmo onça, a cidade de Canarana é boa e oferece excelente estrutura”, respondeu.

O proprietário da Pousada Recanto do Xingu, Thiago Abreu de Oliveira, disse em entrevista ao J. O Pioneiro, que o turismo de pesca em Canarana geralmente recebe grupos de abril a setembro. “Temos um curto prazo pra fazer renda e atender os clientes. Nesse ano a gente tinha investido bastante e estava com 70% da lotação da pousada fechada em 2020 antes dessa pandemia”, falou.

Thiago disse que numa temporada normal consegue atender até 900 pessoas, mas se abrir em maio agora, vai conseguir atender 700 pessoas. “Então já tem um prejuízo. A pandemia foi algo extremamente trágico para nós. Entendemos que também não adianta correr riscos e forçar uma situação. Graças a Deus a maioria dos turistas não cancela, mas faz uma remarcação”, disse Thiago. A Pousada Recanto do Xingu contrata até 30 trabalhadores por temporada, mas até o momento, por causa do Coronavírus, ninguém foi contratado.

Para o J. O Pioneiro, Rafael Govari; Fotos – Divulgação.

Agência Brasil explica: a transferência da capital para Brasília

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BRASÍLIA – A ideia de transferir a capital do país do litoral (Rio de Janeiro) para o interior, com o intuito de dinamizar o território brasileiro, levou ao menos 170 anos em gestação, desde a primeira menção durante a Inconfidência Mineira (1789)

“Tiradentes, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, reconhecido como a maior figura da conspiração patriótica, foi igualmente, o principal responsável pelo projeto de mudar a capital”, conta o jornalista e pioneiro de Brasília Adirson Vasconcelos, em seu livro A Mudança da Capital.

A obra compila várias informações sobre a saída da capital brasileira do litoral até o sudeste de Goiás. O nome Brasília foi sugestão do “patriarca da Independência”, José Bonifácio Andrada e Silva, que, antes da Independência, já defendia a ideia de transferência.

A crítica à concentração da população brasileira no litoral, entretanto, vinha de muito antes e já aparecia no livro História do Brasil, de 1627, do frei franciscano Vicente de Salvador. Segundo ele, os colonizadores portugueses contentavam-se a “andar arranhando as serras ao longo do mar como carangueijos”.

Formosa da Imperatriz

Os estudos de campo para a localização da nova sede da capital começaram ainda no Império. Em 1877, o nobre Francisco Adolfo Varnhagen, visconde de Porto Seguro, se licencia do posto de chefe da delegação brasileira em Viena (Áustria) para viajar em lombo de burro do Rio de Janeiro a Goiás.

Na Vila Formosa da Imperatriz, a atual Formosa, descobre em um triângulo formado pelas lagoas Formosa, Feia e Mestre D’Armas. “Uma paragem mais central, mais segura e mais sã para capital do Brasil, nos elevados chapadões, de ares puros e boas águas”, conforme documenta o jornalista Adirson Vasconcelos.

Mas foi na República que a internalização do centro do poder político virou lei. A transferência da capital foi prevista em três constituições republicanas (1891, 1934, 1946). Por causa dos dispositivos constitucionais, vários presidentes ordenaram estudos para a localização da nova capital.

A Missão Cruls, a cargo da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, instituída pelo presidente Floriano Peixoto, chefiada pelo engenheiro civil belga Luiz Cruls – na verdade Louis Ferdinand Cruls, amigo de Joaquim Nabuco – teve o mérito de, nos anos de 1892 e 1893, fazer amplo estudo sobre as condições geológicas, de vegetação, clima e de abastecimento de água em um quadrilátero de 14,4 mil quilômetros quadrados que passou a constar em mapas oficiais com a designação de “Distrito Federal”.

O primeiro Rima

A comissão chefiada pelo engenheiro belga deixou como herança “o primeiro relatório de impacto ambiental (Rima) elaborado no Brasil”, descreve o jornalista Jaime Sautchuck, no livro Cruls: histórias e andanças do cientista que inspirou JK a fazer Brasília.

Cinquenta anos mais tarde, o trabalho de Cruls foi ratificado pela comissão de técnicos nomeada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, sob coordenação do general Djalma Polli Coelho. Em 1948, Dutra encaminha o relatório dessa comissão para a Câmara dos Deputados. Os parlamentares estendem o “quadrilátero Cruls” a Unaí (MG) e a Anápolis e Goiânia (GO). No final do ano seguinte, depois de tramitar nas duas casas legislativas, o projeto de mudança é aprovado no Senado.

Em 1953, segundo período de Getúlio Vargas na Presidência da República, o Palácio do Catete, sede do Poder Executivo, é autorizado pelo Congresso Nacional a realizar “estudos definitivos” para localização da nova capital. Mais uma vez, o trabalho da missão Cruls é respaldado por nova comissão constituída, que seguiu trabalhando, mesmo após o suicídio de Getúlio, em 1954.

Essa comissão, que no período de Café Filho na presidência (1954-1955), teve à frente o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, contrata estudos com base em fotos aéreas feitas pela empresa norte-americana de consultoria Donald Belcher & Associate, para escolher o sítio da nova capital.

Cinco áreas são avaliadas pela consultoria, renomeadas por cor e repassadas para a decisão da comissão. Entre elas o Sítio Castanho, já demarcado pela missão Cruls. A esse sítio, formado por áreas que pertenciam à antiga Planaltina e banhado pelos rios Paranoá, Bananal e Gama, será somado o Sítio Verde que acrescia as cabeceiras do rio São Bartolomeu. Os dois sítios eram cortados pela estrada Planaltina-Anápolis e, juntos, formavam a área atual do DF de 5,8 mil quilômetros quadrados.

A nova capital poderia ter sido São João Del Rey (MG), como queria Tiradentes; na comarca de Paracatu (MG), como indicou José Bonifácio; Belo Horizonte (MG), Campinas (SP) ou Petrópolis (RJ) como debateram os constituintes de 1934, e ainda Goiânia, como preferia Café Filho. Por pouco, o lugar escolhido para Brasília não ficou no triângulo mineiro – como preferia, inicialmente, Juscelino Kubistchek.

Foi do acaso e do senso de oportunidade política de JK, então candidato à Presidência da República, que surgiu a promessa de trazer a capital para o território goiano.

Em um comício na cidade de Jataí, a 330 quilômetros de Goiânia, em abril de 1955, Juscelino é indagado por um morador, chamado Antônio Soares Neto (Toniquinho), se cumpriria a Constituição e finalmente traria a capital para o interior. “Um cidadão interpelou-me se, como eu prometia obedecer a Constituição, também me dispunha a construir a nova capital federal, no Planalto Central”, rememorou o próprio JK em artigo de 1976 republicado no livro Brasília: antologia crítica, organizado por Alberto Xavier e Julio Katinsky.

“Havia, mesmo, em todos os mapas, o quadrilátero destinado a futura capital. Eu não podia fugir do destino: como me comprometeria, sobre minha honra, a cumprir a Constituição, teria de obedecer àquele requisito. Foi quando passei a pensar no assunto”, descreve Juscelino antes de acrescentar: “ao estudarmos conjuntamente os pontos de estrangulamento da economia brasileira, senti uma iluminação ao perceber, só então, a influência que a construção da nova capital poderia ter naquele sentido.”

JK fez da construção de Brasília a “meta síntese” de seu plano desenvolvimentista que prometia 50 anos em cinco.

Plano Piloto

Empossado, o governo Juscelino Kubistchek vai seguir as metas desenvolvimentistas, inclusive a construção da capital que exigia um Plano Piloto a ser escolhido em concurso público. Vinte e seis propostas foram apresentadas por arquitetos e engenheiros no Concurso de Brasília, ou Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, aberto em 1956 e encerrado em 1957. Sete projetos foram premiados.

O primeiro colocado, como se sabe, foi Lúcio Costa, que pediu desculpas aos organizadores do concurso pela “apresentação sumária”. Seu projeto, de acordo com o livro “O concurso de Brasília: sete projetos para uma capital”, de Milton Braga, trazia “o mínimo do exigido pelo edital”. Conforme o urbanista, a sua iniciativa não era de alguém que “pretendia competir”, mas apenas desvencilhar-se “de uma solução possível.”

O Plano Piloto de Lúcio Costa foi o 22º a ser entregue na disputa. O traçado era “feito à mão e colorido, na escala de 1:25000”. O relatório que acompanhava tinha 24 páginas (metade do 2º colocado), 17 datilografadas em tamanho ofício e mais “sete contendo croquis em traço preto.”

Segundo Milton Braga, o presidente da comissão julgadora, Sir William Holford, assessor de urbanismo do governo britânico, avaliou que o relatório apresentado por Lúcio Costa “não continha uma única palavra sem propósito, constituindo, antes de qualquer outra coisa, uma bela peça literária.” O texto foi revisado por Carlos Drummond de Andrade, que apenas corrigiu a ortografia para o português corrente.

Entre as vantagens, o júri apontou que o Plano Piloto de Lúcio Costa era “claro, direto e fundamentalmente simples” e que possuía o “espírito do século 20”, pois era “novo, livre, aberto e disciplinado sem ser rígido.”

Com uma cruz que tem sua haste horizontal arqueada para cima, “gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse”, Lucio Costa apresenta o primeiro esboço dos eixos Monumental e Rodoviário, as principais artérias viárias da cidade inaugurada em 21 de abril de 1960. Naquele instante, Brasília começa a deixar de ser sonho e passa a ser realidade.

Por Gilberto Costa/Repórter da Agência Brasil; Foto – Divulgação Governo Federal.