Exemplos de Uhuru Mehinako e Itxuna Mehinako. Eles receberam a primeira parcela e adquiram peças para motosserra, ferramentas, lixas para madeira e gasolina para produção de bancos de madeira. Com a venda das peças, já superaram o valor aplicado pelo projeto de fomento. Agora estão na expectativa da segunda parcela que será investida em miçangas, linhas e agulhas para suas respectivas esposas produzirem pulseiras e colares.
Na mesma situação, mas com as duas parcelas já recebida está Kunalu Kuikuro. Ela investiu em linhas e fibras para produção de redes e esteiras. Suas peças foram vendidas, ele teve o retorno do dinheiro aplicado e ainda tem material para produzir novas peças.
Já Yakawa Kuyaaiyu Kamayura montou um projeto de um galinheiro e com a primeira parcela adquiriu o material e vai iniciar a produção com 25 pintinhos. Já recebeu a segunda parcela que irá investir em ração e posteriormente em mais pintinhos.
As outras famílias seguem na lavoura de mandioca com produção de biju, banana e abacaxi.
A diretora de Assistência Técnica, Extensão Rural, Pesquisa e Fomento, Denise Maria Ávila Gutterres, destaca que ficou impressionada com o resultado. “O que mais chamou atenção é ver que o programa ainda não terminou e os beneficiários já tiveram algum tipo de retorno. Saber que a segurança alimentar e a inclusão sócio-produtiva estão em prática é uma enorme satisfação”.
Denise ressalta que o público assistido pelo programa é considerado invisível e nem sempre é lembrado. “Conhecemos os beneficiários, acompanhamos sua produção, suas demandas e vistoriamos a aplicação do recurso. Agora é dar visibilidade aos resultados alcançados pelo programa”.
O coordenador de Apoio às Organizações da Seaf, Jean Venícius Moraes, citou que o recurso está bem aplicado e pôde perceber a mudança na qualidade de vida nas comunidades assistidas.
“Foi uma surpresa feliz ver o quando o investimento tem feito à diferença na vida de cada família que visitamos. Eles estão felizes e realizados com a produção do artesanato ou da lavoura. Muitos estavam em vulnerabilidade social e agora estão com novas expectativas”.
O engenheiro agrônomo Jeyson Lazaro Duque Albino, técnico da Empaer de Gaúcha do Norte, percebeu o empenho de cada família em cumprir as orientações técnicas e o aplicar o recurso para gerar mais renda. “É tão organizado que no projeto orientamos que tudo precisa estar em uma planilha e todos seguem a risca. Um dos beneficiários até mudou seu projeto que era de fruticultura para artesanato de madeira, miçanga e linhas e teve sucesso. Ele já vendeu cobriu o que investiu e tem material para novas peças. É uma enorme satisfação”.
Por Maricelle Lima Vieira | Empaer-MT.